quinta-feira, 24 de abril de 2014

2º BIMESTRE, AÍ VAMOS NÓS!



Mais um bimestre se inicia, mas antes de começarmos eu quero lhes dizer....
ACREDITE EM VOCÊ!



BEIJOS, Maria Clara Magalhães.

Texto 6.2bi - A evolução das tecnologias!

·         A evolução tecnológica
Evoluções Tecnológicas ocorrem durante toda a existência do homem, sendo impulsionadas pela necessidade — e também pelo instinto humano de desenvolver-se. Há também a evolução que ocorre espontaneamente, mas é somente observada quanto à descoberta do fogo. Nesse caso, fala-se em descoberta, e não em desenvolvimento, criação, construção, etc. Entretanto, esta descoberta pode ser considerada como tecnologia, pois foi uma simplificação do modo de vida do ser humano e amplificação de sua atuação no planeta, que abrangeu em grandiosa amplitude, permitindo um avanço geral, e não só focalizado em uma única situação.
À questão da necessidade, pode-se dizer que impulsionou cada vez mais a criação de tecnologia, pois o homem sempre precisou estar evoluindo e adaptando-se ao mundo. Essa questão está relacionada aos determinados períodos históricos, e tendo diferentes intensidades de evolução em cada um. Dessa forma, é na atualidade que a necessidade impõe uma maior evolução tecnológica, de maneira alguma alcançada antes desse período contemporâneo. Esses fatores explicam como a evolução tecnológica ocorreu, sendo, basicamente, iniciado por instrumentos rudimentares de caça (em tempos dos hominídeos), passando a desenvolver-se mais em tempos modernos, e chegando ao intenso grau de evolução atual.
Pode-se afirmar, então, que a tecnologia tem a tendência de aumentar a intensidade de sua evolução, cada vez em um compasso maior, bem como o homem quanto à sua necessidade de obter mais tecnologia para a sua adaptação às mudanças globais — estas causadas pela própria evolução da tecnologia que implica ao homem uma dependência gradativa por ela
A Revolução Industrial é a característica marcante desse período contemporâneo. Ela teve início, porém, nos tempos modernos, mas foi principalmente a partir desta época que se difundiu. A Revolução Industrial divide-se da seguinte maneira:
·        1ª Revolução Industrial: de 1760 a 1850, praticamente restrita à Inglaterra. Os principais aperfeiçoamentos foram no ramo de tecelagem, tendo também a introdução da força a vapor.
·         2ª Revolução Industrial: de 1850 a 1900, com difusão pela Europa (Bélgica, França, Alemanha, Itália e, no final do século, Rússia), América (Estados Unidos) e Ásia (Japão — a partir de 1868). Agora, surgem novas formas de energia elétrica — como a hidrelétrica —, novos derivados do petróleo — como a gasolina, sendo utilizada posteriormente pelos motores a explosão. Houve também grande desenvolvimento do transporte marítimo e terrestre — como, respectivamente, barcos e locomotivas a vapor.
·     3ª Revolução Industrial: de 1900 até os tempos atuais com a sua expansão pelo mundo inteiro. Compreende o aperfeiçoamento dos inventos, tendo principalmente a explosão do processo evolutivo. Assim, apresenta novas técnicas industriais e energéticas, e expansão dos meios de comunicação.
As tecnologias e a Velocidade da História
Há momentos em que a história corre mais depressa. Estamos em um deles. As mudanças tecnológicas têm sido meteóricas. Na década de 70, uma inovação industrial durava, em média, dois anos. Na década de 80 passou a durar apenas um ano. Depois disso tornava-se obsoleta ou era apropriada por grande parte dos concorrentes. Na década de 90, a duração passou para apenas seis meses.
Não é a primeira vez que a história corre mais depressa. James Watt, em 1780, ao inventar um motor a vapor deu um enorme impulso nas indústrias têxteis e metalúrgicas e acelerou sobremaneira a Revolução Industrial. Michael Faraday, em 1832, ao inventar o motor elétrico, proporcionou uma fantástica arrancada na automação da produção industrial. Samuel Morse ao inventar o telégrafo em 1838 fez a transmissão das informações saltar da velocidade de um cavalo ou de um navio para a velocidade da luz. Incorporado nas estradas de ferro, o telegrafo deu ao transporte ferroviário um grande impulso, permitindo a interiorização das indústrias. Nesses três exemplos, a velocidade da história disparou.
As tecnologias mudam os contextos produtivos, transformam os mercados de bens e serviços e provocam mudanças sociais e institucionais de profundidade. As mudanças atingem as áreas social e política. Há pouco mais de quinze anos a cortina de ferro estava em pé. O Japão fazia inveja ao resto do mundo com altas taxas de crescimento econômico. Nelson Mandela era tratado como um prisioneiro de guerra. Fernando Henrique Cardoso era socialista. Luiz Inácio Lula da Silva combatia o Fundo Monetário Internacional. Em pouco tempo, a cortina caiu. O Japão entrou em recessão crônica. Nelson Mandela transformou-se em um ícone da democracia. Fernando Henrique saiu do governo como neoliberal. E Lula aderiu à ortodoxia do monetarismo.
Ou seja, nos dias de hoje, a história corre depressa por força de mudanças tecnológicas que revolucionam os processos produtivos e provocam mudanças sociais.
Tecnologias e Novas Oportunidades
As novas tecnologias permitiram criar uma imensidão de novos produtos e processos que, quando absorvidos pelos consumidores, geraram uma grande quantidade de postos de trabalho. Observem a quantidade de empregos que surgiu em torno do telefone celular, do automóvel, da televisão, do videocassete, do CD player, do DVD, do tênis, da calça jeans, etc. Trata-se de inovações que foram bem recebidas pelos consumidores e que geraram muitos postos de trabalho - diretos e indiretos.
Vários outros efeitos positivos podem ser relatados tanto para os trabalhadores como para os consumidores. Por exemplo, os avanços da biotecnologia, das técnicas de embalagem, da preparação de alimentos, da refrigeração e de transporte têm permitido aos seres humanos contar com uma alimentação fresca e barata todos os dias. No campo da saúde, os avanços da ciência da tecnologia têm prevenido doenças que há pouco tempo não eram sequer diagnosticadas. A vida média foi alongada e isso instigou a ativação de outras atividades como, por exemplo, a produção de bens e serviços voltados para os idosos o que, por sua vez, gerou muitos empregos.
A incorporação de tecnologia nos bens de consumo tem provocado drásticas reduções de custos e de preços o que facilita o acesso das pessoas a esses bens. Até mesmo os países mais pobres têm ampliado o seu acesso a alimentos, medicamentos, vestuário e outros bens para atender as necessidades dos grupos de baixa renda.
Tecnologias, Educação e Trabalho
A educação continuada tem um importante papel no processo de ajuste. As máquinas têm se tornado muito baratas e bastante inteligentes. Para acompanhar a sua evolução e tirar o máximo rendimento das novas tecnologias, não basta ser adestrado. É preciso ser educado. A educação de boa qualidade passou a ser uma condição básica para se ajustar os trabalhadores aos novos ambientes de trabalho e às novas tecnologias.
As tecnologias, de um modo geral, demandam profissionais mais qualificados (Freyssenet, 1990). Para os que não se ajustam imediatamente a elas, o retreinamento é necessário e, ao mesmo tempo, difícil quando a educação básica é precária. Em muitos casos, as empresas são levadas a despedir trabalhadores que se tornam inempregáveis em face de novas tecnologias e são levados a contratar outros de nível educacional mais alto. Para os trabalhadores, não há nada mais dramático do que a obsolescência humana.
No Brasil, a má qualidade da educação básica tem sido o calcanhar-de-aquiles para o convívio com as novas tecnologias. O novo mundo da produção, baseado em tecnologias que mudam a cada dia, requer das sociedades um sistema de educação permanente. Pesquisa realizada em vários países da União Européia indica que para 80% dos trabalhadores, as novas tecnologias elevaram a demanda por qualificação (Burchell e outros, 2003). E, neste caso, estamos falando de uma força de trabalho que já possui um alto nível de educação e qualificação profissional.
Essa exigência por mais qualificação vai perseguir o trabalhador do futuro de modo crescente. Para conviver na sociedade do conhecimento, ele terá de saber "o quê", "por que", "como" e "quem". Saber "o que" significa possuir as informações básicas. Saber o "por que" implica no conhecimento dos princípios e processos. Saber o "como" significa estar apto para realizar determinadas tarefas que mudam a cada instante. Saber "quem" é uma alusão à capacidade de pesquisar junto às fontes que sabem o que ele não sabe (Bengtsoon, 2002).
Os sistemas atuais de educação foram construídos há mais de 100 anos e se restringem basicamente a ensinar o que. A maioria da força de trabalho do Brasil não domina os princípios que estão por trás de suas tarefas e raramente conseguem se informar com quem os domina.
As sociedades do conhecimento terão de criar sistemas de financiamento de sistemas de educação que cumpram essas quatro tarefas e que garantam a aprendizagem durante toda a vida das pessoas. É um desafio enorme, mas que vem sendo superado pelas nações mais avançadas que atrelam os sistemas educacionais a parcerias eficientes entre o público, o privado e o voluntário. Mesmo no Brasil, as agências de formação profissional, como SENAI e SENAC, as escolas técnicas e muitas universidades vêm se esforçando para entregar no mercado de trabalho ex-alunos mais qualificados. As cidades onde se localizam os centros de pesquisa e de formação profissional tendem a elevar o nível de educação e de remuneração da população em geral. O IPEA identificou cerca de 250 municípios que estão nessas condições. Nelas, a proporção de pessoas com nível universitário é mais de três vezes da proporção encontrada nos demais 5 mil municípios do país. O mesmo acontece com a renda média (De Negri, 2004).
O desenvolvimento da capacidade para viver nesse novo mundo é a única forma dos trabalhadores poderem usufruir salários e benefícios mais altos. Esse novo mundo exige uma recomposição das habilidades de trabalho.
Conclusão
Em suma, a entrada de novas tecnologias nos ambientes de trabalho transforma o modelo organizacional das empresas, reduz os escalões intermediários, provoca mudanças na composição da mão-de-obra, eleva a necessidade por maior qualificação, eleva a produtividade das empresas e dos trabalhadores e, em contrapartida, exige um maior empenho e comprometimento das pessoas para com as empresas o que, por sua vez, demanda a introdução de novos métodos de incentivo. Ou seja, as transformações decorrentes das mudanças tecnológicas têm um largo desdobramento. Para o legislador, tornou-se impossível criar proteções legisladas que cubram todas as situações e os problemas decorrentes dessas mudanças. Cada vez mais, as disfunções trazidas pelas novas tecnologias são resolvidas através de esforços de negociação nos quais a cooperação toma lugar da confrontação, pois jamais as empresas e os trabalhadores conseguirão vencer a guerra da competição externa se não superarem os desentendimentos internos.
 Agora deixe seu comentário sobre o texto e tragam para a sala de aula uma pesquisa sobre uma das três Revoluções Industriais citadas no texto, escolham um dos períodos e tragam o máximo de informações possíveis para a sala. 

TRABALHO EM GRUPO DE 4 ALUNOS CADA. PARA O DIA  06/05/2014