quarta-feira, 12 de março de 2014

Mídias - texto 3 , 4 e 5

Olá, estamos de volta após uma pequena parada para o Carnaval. Voltamos com entusiasmo e animação, aproveitando  a motivação da folia! 
Como vocês já sabem, iremos fazer um vídeo/slide sobre tudo o que aprendemos neste bimestre. Este vídeo será considerado como uma avaliação de confirmação de aprendizado, ok? Para isso vocês precisarão reler todos os textos que estão postados no nosso blog e lembrar de tudo o que falamos em sala de aula.
Estou postando, hoje, mais três textos que falam de como a criança já nasce preparada para absorver as novas tecnologias em seu dia-a-dia, são chamadas de nativos digitais e qual o papel do professor diante esta criança  e sobre que tipo de aula o professor deve ministrar para o jovem de hoje. POR FAVOR NÃO TENHAM PREGUIÇA DE LER ESTES TEXTOS, SERÃO OS ÚLTIMOS DO BIMESTRE E SERÃO MUITO IMPORTANTE PARA O RESULTADO DO TRABALHO, OK? Beijos e não se esqueçam de comentar os 3 textos!

TEXTO 3 - Chegaram os nativos digitais
A tecnologia digital provoca outras conexões cerebrais e transforma o modo de conhecer, de aprender.

As crianças nascidas na primeira década do século 21 crescem imersas em iphones, ipads, ipods, computadores, câmeras de vídeo e de fotos e tantas outras maquinetas inventadas nos últimos 20 anos, todas com base na tecnologia digital. Elas não fazem ideia da vida sem computadores, sem telefone celular ou telas touch screen.  Essas crianças o pensador norte americano Nicolas Carr chamou de nativos digitais. 
Os nativos digitais usam as novas tecnologias desde o nascimento, o que faz com que aprendam de modo diferente, porque constroem novas conexões cerebrais. Não importa se o modo é melhor ou pior de aprender. É diferente e inevitável. 
O século 21 teve seu início marcado pela tecnologia digital, que vem provocando uma ruptura no modo de interpretar o mundo, de conceber a vida. E não se trata apenas de uma transformação natural que ocorre no desenvolvimento da humanidade, mas de uma mudança de paradigma na visão de mundo, uma modificação radical. 
Quando a humanidade inventou a escrita, houve uma transformação marcante no acesso à informação e ao conhecimento. Até então, o suporte do saber era a oralidade. As pessoas memorizavam e transmitiam a informação. A escrita, e depois a invenção da imprensa, por meio de livros e outras publicações, tornou a informação acessível a muitos, e garantiu mais exatidão, pois já não dependia, exclusivamente, da memória humana. Da oralidade para a leitura, houve uma adaptação no cérebro para lidar com o novo tipo de mediação com o conhecimento. 
Vive-se, hoje, uma situação semelhante. A tecnologia digital provoca outras conexões cerebrais e transforma o modo de conhecer, de aprender. E criou uma situação inusitada: as novas gerações dominam o novo instrumental para interpretar e agir sobre a realidade, mas estão sozinhas nessa empreitada. A geração adulta não tem experiência e nem conhecimento para indicar rumos.    
A geração de adultos nascidos antes da última década do século 20 Nicolas Carr chama de imigrantes digitais. Por mais que tenham aderido à nova tecnologia, não nasceram imersos nela; lembram-se do mundo sem a internet e celulares, têm “sotaque”, recordam o passado, outra cultura. Conhecem uma língua diferente da dos nativos.
Diante da realidade contemporânea, a escola, que ainda tem a forma do século 19, precisa se repensar: recebe alunos nativos digitais e quem os educa são imigrantes digitais. Defrontam-se duas linguagens distintas, duas diferentes interpretações da realidade, dois modos de estabelecer conexões e relações entre saberes, o que cria perplexidade e mal-estar na educação escolar das crianças e jovens de hoje.  É preciso uma reflexão profunda para tentar superar a obsolescência da escola atual. 
As novas tecnologias criaram uma instabilidade de referências e valores que exigem uma educação para a transitoriedade, para a impermanência. Permanente é a capacidade de pensar e de aprender dos seres humanos. As novas gerações devem ser instigadas à aprendizagem constante e ao enfrentamento de desafios. 
Os conteúdos obrigatórios dos programas escolares estão nos sites de busca. É fácil acessá-los. O difícil é filtrar a informação e relacionar os saberes para solucionar problemas, que é o que a escola deve ensinar às gerações que vão viver em outro tempo, seguindo outro paradigma.  
Patrícia Konder Lins e Silva Pedagoga

TEXTO 4 - A escrita produzida pelos nativos digitais 

Luana Wünsch & Alex Paiva

Aplicações desenvolvidas para a promoção de habilidades de leitura, interpretação e escrita tornam-se grandes aliadas para que a possibilidade de produção de textos formais seja mais efetiva.
Não é de hoje que a linguagem altera-se à medida que as circunstâncias e necessidades de determinadas sociedades modificam-se por meio das transformações em seu entorno. Contudo, temos de concordar com o sociólogo espanhol Manuel Castells (2004) quando destaca que as tecnologias da informação e comunicação (TICs) são aceleradores desse fenômeno, sobretudo quando falamos da comunicação entre os jovens do século XXI, os nativos digitais, descritos pelo americano Marc Prensky — aclamado escritor e consultor na área de educação e inovação — como aqueles que sabem entrar e sair de ambientes virtuais, que cresceram com a tecnologia e sem ela o ato de comunicar-se muitas vezes não tem sentido (2001).
A palavra “sepá”, por exemplo, muito utilizada no Facebook, no Instagram e no Twitter (ver figura), elucida a junção de duas características-chave da linguagem desses jovens por meio das TICs: a abreviação e a onomatopeia. A palavra é formada por “se”, conjunção subordinativa condicional (ok! até esse ponto nós, imigrantes digitais, podemos entender!), e “pá”, onomatopeia de duas pessoas batendo as mãos, significando “conseguimos!”, ou seja, “sepá” é a abreviação do termo “se der certo!”.
Assim, os interlocutores podem ganhar tempo e tornar a conversa mais personalizada, segundo as adolescentes que dela participaram: “A gente diminui as palavras não só para ser divertido, mas para falarmos do nosso jeito e escrevemos com os ‘sonzinhos’ para criar intimidade com as pessoas” (figura).

É essa necessidade de adaptação que torna o desenvolvimento da linguagem uma das áreas mais estudadas com relação à concretização das particularidades pessoais e sociais ao longo dos tempos, tornando importante, nesse contexto, entendermos duas revoluções da comunicação: a transição da linguagem oral para a linguagem escrita e a migração da escrita da mídia em papel para a mídia digital.
Sob a perspectiva da transição da linguagem oral para a escrita, podemos ressaltar que essa só foi possível devido às grandes transformações anatômicas que possibilitaram a evolução de nosso cérebro, fazendo com que nós, humanos, pudéssemos nos tornar criaturas sociais e interativas, capazes de interpretar eventos como raciocinar, criar novos conhecimentos baseados em eventos anteriores e transmitir informações, deixando registros que fazem com que esses conhecimentos adquiridos possam ser disseminados entre a maioria dos seres de nossa espécie.
Apesar da dificuldade de pesquisadores em traçar um caminho evolutivo da fala, de acordo com Walter Ong (1986), historiador cultural e filósofo, o desenvolvimento dessa habilidade tão importante teve início há aproximadamente 6 milhões de anos. Ao longo do tempo, diferentes vocalizações foram se transformando gradativamente em trocas de informação entre indivíduos, até possibilitar a comunicação linguística (flexível) que temos hoje. Esse extenso caminho, de mais de 5 milhões de anos, ao longo do qual a transmissão de conhecimento era feita por meio da narração de histórias presentes na cultura dos povos, culminou na grande transformação ocorrida há apenas 6 mil anos na Mesopotâmia, onde os sumérios desenvolveram o primeiro recurso impresso de que se tem registro, denominado escrita cuneiforme. Ainda segundo o pesquisador Ong, foram necessários mais 2 mil anos para o surgimento do primeiro alfabeto, utilizado pelos semitas no Egito Antigo.
Mas por que a história deu tanta importância à escrita? O ato de escrever, além de ser capaz de transmitir o conhecimento de uma forma muito mais precisa e fidedigna que a fala, obriga-nos, ou pelo menos deveria forçar-nos, a tomar consciência do nosso conhecimento sobre determinado assunto. Ao longo dos anos, a construção da escrita evoluiu, novos gêneros textuais foram criados, e hoje podemos dizer que o poder da escrita passa muitas vezes despercebido na vida das pessoas letradas.
Se pararmos para pensar em nossa sociedade atual, perceberemos que estamos atravessando uma nova revolução associada à escrita. Cada vez mais, artefatos tecnológicos estão substituindo a mídia impressa e, por conseguinte, as pessoas passam a produzir menos textos manuais e a utilizar a digitação como principal meio de produção textual. Podemos comprovar essa transformação com dados do IBGE. No Brasil, os bens duráveis com maior crescimento nos lares brasileiros entre 2009 e 2011 foram o microcomputador com acesso à internet (39,8%) e o telefone celular (26,6%).
Sob a ótica da transição da mídia escrita para a digital, ao pensar no desenvolvimento de aplicativos para recursos tecnológicos, podemos citar o lançamento da ferramenta Coursewriter I em 1960, desenvolvida pela empresa IBM como um marco dessa nova revolução. Esse recurso tão inovador foi o primeiro aplicativo a possibilitar que pessoas sem treinamento formal em programação gerassem textos digitais de modo intuitivo. Passadas mais de cinco décadas de avanço frenético das tecnologias da informação e comunicação (TICs), é possível estabelecer uma comparação entre as formas de linguagem descritas por Pierre Lévy (1999), um dos principais nomes nos estudos sobre as interações entre a internet e a sociedade, e como a linguagem digital transformou a maneira como encaramos um texto (quadro).
Após o advento do Coursewriter I, inúmeros recursos digitais foram desenvolvidos, principalmente no meio educacional, com o intuito de se estimular a produção textual digital para que as pessoas deixassem de ser apenas consumidoras, mas também produtoras de conhecimento na sociedade da informação.
Uma pesquisa realizada em Curitiba (PR) com 37 jovens entre 13 e 14 anos pelo setor de tecnologia da Positivo Informática mostrou que as TICs, notadamente a utilização de uma ferramenta de criação de textos, podem proporcionar  a esses jovens a oportunidade de envolvimento na exploração e coautoria de conhecimentos sobre representação simbólica e desenvolvimento de conceitos de (re)alfabetização e afins.
Durante a pesquisa, foi dada aos participantes a opção de escolherem a mídia para a produção textual. Dentre eles, 100% optaram pela mídia digital (tablets e netbooks) em lugar do papel. Após a análise da causa dessa escolha, observou-se que a tecnologia digital, associada aos dispositivos multimídias móveis, pode estar gerando novas formas de acessar, criar e comunicar conhecimento por meio de textos digitais, enfatizando propriedades como hipertexto, interatividade e multimídia como bases adaptativas que servem para que os jovens sintam-se mais confortáveis para ler e escrever. De modo superficial? Nem todos os jovens o consideram. E o oposto também é verdadeiro: eles leem e escrevem mais utilizando computadores, celulares e tablets, porém à sua maneira.


 Já é hora de pararmos de reclamar da falta de profundidade de concentração e aprendizagem dos jovens e pensarmos coletivamente em soluções efetivas para isso. Em 2012, uma pesquisa encomendada pelo Instituto Pró-Livro (IPL), que mediu a intensidade, a forma, a motivação e as condições de leitura, apontou que a falta de tempo é um dos fatores para a falta de leitura entre os brasileiros (Failla, 2012). Mas será que a leitura e a escrita tradicionais são suficientes para o cidadão alfabetizado no século XXI? Será que é suficiente para preparar os jovens alunos? Precisamos repensar nossa noção de letramento crítico, desenvolver a aprendizagem autêntica e as oportunidades de avaliar, atualizar e ampliar nosso currículo.
Sabemos que o nível de conforto dos adolescentes com a tecnologia é expressiva e que uma das vantagens dos recursos tecnológicos é a otimização do tempo para a comunicação. Então, por que não utilizá-la para gerenciar as informações que chegam até esses jovens a uma velocidade nunca antes possível e promover o seu interesse para a leitura? Afinal, se os interesses dos nativos digitais são diferentes, é natural pensarmos em diferentes maneiras de motivá-los.
Sob essa ótica, aplicações desenvolvidas para a promoção de habilidades de leitura, interpretação e escrita tornam-se grandes aliadas para que a possibilidade de produção de textos formais seja mais efetiva. “Sepá”, com o fornecimento de instruções relevantes para os jovens, talvez tenhamos uma grata surpresa de precisão, confiabilidade e perspectiva de informações geradas com propósitos adequados às suas necessidades e às características da língua portuguesa formal, ainda tão necessária.
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TEXT0 5 - Século XXI precisa de novo modelo de aula (Jornal 104 - Abril/2012)
Professor da USP diz que, mais do que motivar, cabe ao professor o propósito de cativar os alunos para a matéria ministrada - Por Ana Paula Machado Velho
A Associação dos Docentes da UEM (Aduem) promoveu, no início de abril, a palestra Reinventando a Aula Expositiva, com José Carlos Angelo Cintra, do Departamento de Geotecnia, da Universidade de São Paulo. O professor falou sobre como tornar as aulas mais interessantes, independente do tema e da matéria.
Segundo ele, para dar aula bem, não é preciso dom e que todos podem desenvolver essa habilidade de ministrar boas aulas. O docente precisa entender que é preciso um novo modelo. Cintra acrescenta que a aula expositiva do século passado era conteudista (Ensino conteudista é uma forma de ensino em que se passa uma quantidade enorme de conteúdo), desmotivadora e ministrada por um professor autoritário, até carrasco, às vezes. Essa aula realmente já era! No passado, o conhecimento era pouco acessível, com raríssimos materiais e textos didáticos, à exceção de apostilas de notas de aula impressas sem muito recursos e sem a internet para consultar. Ao aluno não restava alternativa senão ficar atento ao monólogo do professor, e copiar a matéria para ter o que estudar – os cadernos eram indispensáveis. O papel do professor era centralizador e o objetivo do ensino era o conteúdo, o máximo possível. Bom professor era aquele que ensinava mais, em quantidade de conteúdo. “Mas isso era compatível com a estrutura social em que vivíamos, com pouca liberdade e relacionamentos marcados pela hierarquia rígida. Era a época dos ‘superiores’ muito exigentes, severos, bravos (na sociedade, na família e na escola), com aplicação de castigos, por vezes, até físicos. Dos tempos de disciplina rigorosa na escola, talvez tenha surgido o outro significado para o vocábulo disciplina, o de ramo do conhecimento, ciência ou matéria”, explica Cintra.
Novos tempos – O professor destaca que esta realidade mudou. A nova aula expositiva para o século atual é não conteudista, com objetivo de motivar o aluno, fazê-lo entender e gostar da matéria ensinada, ministrada por um professor acessível que busca um relacionamento amigável com os alunos. “Na nova aula expositiva, o professor deve se impor o desafio de ensinar de modo que o aluno goste e entenda a matéria, lembrando que todo assunto pode ser chato ou atraente, dependendo da forma com que é ensinado e das estratégias empregadas. Dessa forma, ensinar se torna uma atividade apaixonante”, acrescenta.
Para Cintra, enquanto a aula do século passado priorizava a teoria, ao aluno de hoje é mais propício começar pela prática, como forma de incentivar o estudo teórico. E mais, ele destaca que a boa aula é antídoto para questões indisciplinares em sala de aula e, ainda, para o problema da falta dos alunos às aulas. Com boa aula, o professor não precisa utilizar artifícios para prender o aluno em sala de aula.
O papel do professor – Cintra apresenta uma analogia para ilustrar a figura do estudante atual. Diz que, diante da profusão do conhecimento no mundo de hoje, o aluno é como um visitante perdido ao chegar pela primeira vez a uma megalópole. Ao professor está reservado o papel de desenhar o mapa da cidade, destacando a região central, as avenidas principais, os bairros mais importantes etc. Essa orientação deve ser o suficiente para o aluno iniciar as suas próprias incursões na grande “cidade” do conhecimento. Haverá dúvidas, que ele poderá trazer para o professor esclarecer, mas também haverá satisfação em descobrir por conta própria os caminhos secundários e outros locais. O professor ainda destaca que o estudo fora de sala de aula deve ser incentivado como algo rotineiro e importante, sobretudo na universidade e escolas públicas, em que os alunos geralmente não trabalham. Estudo esse que não pode se restringir ao conteúdo abordado em aula. “Mais do que motivar cabe ao professor o propósito de cativar os alunos para a matéria ministrada. É papel do professor se interessar pelos alunos que têm dificuldade e até mesmo desinteresse em estudar. Não podemos ser professores apenas para os bons alunos, ignorando ou desprezando os demais. Eles representam a oportunidade do docente exercitar a sua capacidade na plenitude”, completa Cintra.



sexta-feira, 7 de março de 2014

2ª aula: Interdisciplinaridade da arte e matemática

Aqui está a nossa segunda aula de artes. Como a primeira, não há necessidade de comentar, mas é preciso estudar. Os vídeos desta aula, estarão postados na aba VÍDEOS,ok? Assistam e se quiser comentem! Lembrem-se é só clocar nas imagens para lerem melhor.