quarta-feira, 21 de março de 2012

Exemplo de como usar o teatro de fantoches em uma aula sobre um determinado tema. Neste tema, o foco foi diversidade étnica. Assistam e comentem:

segunda-feira, 19 de março de 2012

Queridos alunos, quando vocês forem postar os comentários não esqueçam de colocar o número da turma que vocês pertencem e não deixem de visitar o blog todo.Se quizerem, comentem as outras postagens, além das destinadas as atividades , assim eu saberei  que estão gostando das postagens ou não.
Beijos, Maria Clara.
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quinta-feira, 15 de março de 2012

Moderno, Modernismo, Modernização?

Um apanhado de informações sobre o Movimento Modernista Brasileiro

Modernismo no Brasil

Para você entender o modernismo no Brasil, primeiro tem que entender o modernismo em um apanhado geral, o modernismo de forma e ângulo global.
O modernismo foi um movimento artístico que se iniciou na primeira metade do século XX, e ganhou mais espaço após a segunda guerra mundial. O modernismo foi uma forma de tentar mudar a arte ultrapassada de que tudo deveria ser imitado da realidade, que o inexpressivo era bonito, que se deveriam congelar as paisagens. Desta forma surgiu o modernismo, o moderno, para inovar, para mudar essa forma de tudo certo, era a hora de sonhar, imaginar, dormir fazendo arte. No Brasil, como tudo, o modernismo chegou atrasado, e por isso as altas camadas da sociedade detestaram a idéia.
As principais figuras no Brasil foram: Mário e Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Villa Lobos, Menotti Del Pichia, Manuel Bandeira, entre outros.
A Semana de Arte Moderna (1922) é considerada o marco inicial do Modernismo brasileiro. A Semana ocorreu entre 13 e 18 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, com participação de artistas de São Paulo e do Rio de Janeiro. O evento contou com apresentação de conferências, leitura de poemas, dança e música. O Grupo dos Cinco, integrado pelas pintoras Tarsila do Amaral e Anita Malfatti e pelos escritores Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia, liderou o movimento que contou com a participação de dezenas de intelectuais e artistas, como Manuel Bandeira, Di Cavalcanti, Graça Aranha, Guilherme de Almeida, entre muitos outros. Os modernistas ridicularizavam o parnasianismo, movimento artístico em voga na época que cultivava uma poesia formal. Propunham uma renovação radical na linguagem e nos formatos, marcando a ruptura definitiva com a arte tradicional. Cansados da mesmice na arte brasileira e empolgados com inovações que conheceram em suas viagens à Europa, os artistas romperam as regras preestabelecidas na cultura. Na Semana de Arte Moderna foram apresentados quadros, obras literárias e recitais inspirados em técnicas da vanguarda européia, como o dadaísmo, o futurismo, o expressionismo e o surrealismo, misturados a temas brasileiros. Os participantes da Semana de 1922 causaram enorme polêmica na época. Sua influência sobre as artes atravessou todo o século XX e pode ser entendida até hoje.
A primeira fase do Modernismo: O movimento modernista no Brasil contou com duas fases: a primeira foi de 1922 a 1930 e a segunda de 1930 a 1945. A primeira fase caracterizou-se pelas tentativas de solidificação do movimento renovador e pela divulgação de obras e idéias modernistas. Os escritores de maior destaque dessa fase defendiam estas propostas: reconstrução da cultura brasileira sobre bases nacionais; promoção de uma revisão crítica de nosso passado histórico e de nossas tradições culturais; eliminação definitiva do nosso complexo de colonizados, apegados a valores estrangeiros. Portanto, todas elas estão relacionadas com a visão nacionalista, porém crítica, da realidade brasileira. Várias obras, grupos, movimentos, revistas e manifestos ganharam o cenário intelectual brasileiro, numa investigação profunda e por vezes radical de novos conteúdos e de novas formas de expressão. Entre os fatos mais importantes, destacam-se a publicação da revista Klaxon, lançada para dar continuidade ao processo de divulgação das idéias modernistas, e o lançamento de quatro movimentos culturais: o Pau-Brasil, o Verde-Amarelismo, a Antropofagia e a Anta. Esses movimentos representavam duas tendências ideológicas distintas, duas formas diferentes de expressar o nacionalismo. O movimento Pau-Brasil defendia a criação de uma poesia primitivista, construída com base na revisão crítica de nosso passado histórico e cultural e na aceitação e valorização das riquezas e contrastes da realidade e da cultura brasileiras. A Antropofagia, a exemplo dos rituais antropofágicos dos índios brasileiros, nos quais eles devoram seus inimigos para lhes extrair força, Oswald propõe a devoração simbólica da cultura do colonizador europeu, sem com isso perder nossa identidade cultural. Em oposição a essas tendências, os movimentos Verde-Amarelismo e Anta, defendiam um nacionalismo ufanista, com evidente inclinação para o nazifascismo. Dentre os muitos escritores que fizeram parte da primeira geração do Modernismo destacamos Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Alcântara Machado, Menotti del Picchia, Raul Bopp, Ronald de Carvalho e Guilherme de Almeida.
À década de 30, início da segunda fase modernista, coube sedimentar e oficializar as conquistas modernistas.
Movimentos artísticos europeus, principalmente o Expressionismo e o Cubismo inspiravam então artistas como Cândido Portinari, Guignard e Bruno Giorgi. Dois outros importantes nomes dessa fase modernista como Ismael Nery e Cícero Dias (Cícero principalmente em suas primeiras obras) eram mais pautados pelo Surrealismo. O poder público passa a apoiar o Modernismo e se São Paulo tinha sido o principal foco difusor dos primeiros tempos do Modernismo, agora caberia ao Rio de Janeiro esse papel. A passagem de Le Corbusier e Frank Lloyd Wright pelo Brasil (1929 e 1931) chama a atenção dos artistas para as possibilidades da integração das artes, renovando a arquitetura brasileira, nela incluindo a nova pintura, escultura, paisagismo e decoração. A temática social passaria ser grande fonte de inspiração para a geração Modernista dessa década e a técnica, que tinha assumido uma posição secundária durante os anos 20, volta a ser valorizada. Surgiam importantes focos como o Núcleo Bernardelli (1931 - 1940) no Rio de Janeiro, preocupado em democratizar o ensino de artes plásticas e apontando para um Modernismo moderado.  Em 1934, marca uma grande diferenciação no Modernismo brasileiro: ao invés dos intelectuais que lideravam suas primeiras manifestações, outro grupo reunia artistas de origem proletária, que costumavam exercer profissões artesanais e com forte tradição italiana (devido à imigração intensa em São Paulo no período), cultivando temas mais intimistas e cotidianos.
O Modernismo até então, salvo alguns esforços de artistas isolados, permanecia restrito ao eixo Rio-São Paulo. Em 1944, uma exposição modernista em Minas Gerais, patrocinada pela prefeitura da capital do estado na gestão de Juscelino Kubitschek, marcaria o início do Modernismo nesse estado. Minas então passaria a ser extremamente importante para o movimento no período, produzindo grandes artistas. O ano de 1944 também marca o início do Modernismo baiano, seguido pelo Paraná e Recife (este último em 1948). O Ceará já desde 1941 abrigava manifestações Modernistas. Entretanto, é importante lembrar que o Modernismo brasileiro surgiu com a intenção de ser um movimento de vanguarda, numa época em que na Europa estava havendo um refluxo e uma tendência contrária, a de volta à ordem.
Enquanto a Europa procurava romper com o peso da arte passada e o abstracionismo era extremamente valorizado, no Brasil o Modernismo assumia mais a função de promover uma atualização da arte brasileira capaz de ajudar na consolidação da identidade nacional e não abria mão do figurativismo. As vanguardas européias tinham caráter universal, enquanto o Modernismo brasileiro buscava expressar as particularidades nacionais, assimilando para isso aquilo que lhe interessava nas propostas de arte Moderna que chegavam do velho continente.
A partir principalmente de meados da década de 40 e o pós-guerra uma arte não-figurativa começa a ser praticada e valorizada por artistas brasileiros. Principalmente na década de 50 o abstracionismo surge como forte expressão modernista. Inspirados no neoplasticismo, construtivismo, na Bauhaus e no artista americano Max Bill começam as primeiras manifestações do Movimento Concreto em São Paulo e no Rio de Janeiro. O abstracionismo calculado matematicamente, o anti-romantismo, a integração das artes e o racionalismo eram valorizados pelos concretistas. Em São Paulo surge o grupo Ruptura, liderado por Waldemar Cordeiro, mais ortodoxo e contrário à subjetividade.
No Rio de Janeiro, em torno de Ivan Serpa, surge o Grupo Frente, menos homogêneo que o paulista e mais baseado na liberdade de criação. A I Exposição Nacional de Arte Concreta intensifica as divergências entre os grupos das duas cidades. Surge então o neo-concretismo, originado principalmente a partir do grupo carioca, contrário à rigidez concretista dos paulistas e mais preocupado com a expressão. A experimentação passa a ser de extremo valor para os neo-concretos. Destacam-se os neo-concretos Lygia Clark e Hélio Oiticica como artistas de grande contribuição para a discussão do papel da arte e do artista, permanecendo como importantes figuras de vanguarda nacional, mesmo após a dissolução do movimento. Um abstracionismo mais lírico também marcou presença na década de 50, bem como a influência do expressionismo abstrato norte-americano. Manabu Mabe foi um dos artistas nipo-brasileiros mais receptivos à essas tendências. Os anos 60 marcam o fim do Modernismo Brasileiro, sendo extremamente diversificada a produção artística no país nas décadas seguintes.

  

Afina, o que é arte?

Aqui vocês terão todo tipo de informações para ajudá-los em seus estudos.
Teremos vídeos, como este, que vocês poderão comentar e fazer perguntas abrindo um debate sobre o que viram nas imagens.

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terça-feira, 13 de março de 2012

O SAPO

Poema Modernista  de Manuel Bandeira
OS SAPOS
Enfunando os papos,                                 
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os delumbra.
Em ronco que a terra,
Berra o sapo-boi:
– “Meu pai foi à guerra!”
– “Não foi!” — “Foi!” — “Não foi!”
O sapo-tanoeiro
Parnasiano aguado,
Diz: — ” Meu cancioneiro
É bem martelado.
Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte!  E nunca rimo
Os termos cognatos.
O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.
Vai por cinquenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A formas a forma.
Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas…”
Urra o sapo-boi:
– “Meu pai foi rei” — “Foi!”
– “Não foi!” — “Foi!” — “Não foi!”
Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
– “A grande arte é como
Lavor de joalheiro.
Ou bem de estatutário.
Tudo quanto é belo,
Tudo quanto é vário,
Canta no martelo.”
Outros, sapos-pipas
(Um mal em si cabe),
Falam pelas tripas:
–”Sei!” — “Não sabe!” — “Sabe!”
Longe dessa grita,
Lá onde mais densa
A noite infinita
Verte a sombra imensa;
Lá, fugido ao mundo,
Sem glória, sem fé,
No perau profundo
E solitário, é
Que soluças tu,
Transido de frio,
Sapo-cururu
Da beira do rio…
                         1918
Manuel Bandeira (Recife PE, 1884 – Rio de Janeiro RJ, 1968) foi poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro. Teve seu primeiro poema publicado aos 8 anos de idade, um soneto em alexandrinos, na primeira página do Correio da Manhã, em 1902, no Rio de Janeiro. Cursou Arquitetura, na Escola Politécnica, e Desenho de Ornato, no Liceu de Artes e Ofícios, entre 1903 e 1904; precisou abandonar os cursos, no entanto, devido à tuberculose. Nos anos seguintes, passou longos períodos em estações climáticas, no Brasil e na Europa.
O poeta chama de sapos os poetas parnasianos que somente aceitavam a poesia rimada, formal, tipo os sonetos, exigiam rimas ricas.
Ele satiriza as reclamações deles e compara-as com o coaxar dos sapos num banhado ou rio.
Também mostra algumas das regras que eles seguiam: comer hiatos, nunca rimar cognatos, dar importância à forma.
Todo o poema é uma crítica aos conceitos do parnasianismo que vigorou nas décadas finais do séc XIX e das duas iniciais do séc. XX.
A cada um dos poetas reclamadores importantes ele denomina diferente: sapo-boi, sapo tanoeiro e aos menores chama de saparia.

Ronald de Carvalho declamou esse poema de Manuel Bandeira na Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo. Esse evento iniciou o Modernismo na Literatura e nas Artes no Brasil.
 
Glossário:
·         Enfunando- Envaidecido, vaidoso, inchado.

·         Frumento- O melhor trigo; trigo candial; Qualquer trigo.
·         Assomo- Mostrar-se, manifestar-se, revelar-se; aparecer:

·         Tanoeiro- [De tanoa + -eiro.] Substantivo masculino. Aquele que faz e/ou conserta pipas, cubas, barris, dornas, tinas,...
·         Estatutário- Relativo a, ou contido em estatuto(s):

·         Perau- Declive áspero que dá para um rio ou para um arroio;
·         Transido- Esmorecido ou inteiriçado (de frio, dor, vergonha, susto, etc

Reescrever este poema com uma linguagem mais atual.

·         Vário- Diverso diferente:

segunda-feira, 12 de março de 2012

Atividades:Arte, desde quando? CN1ºano

Procure na página inicial deste blog a matéria com o título: Arte, Desde quando? Leia a matéria e responda as peerguntas. 
Veja  o vídeo abaixo e faça um comentário sobre o tema Pense: Esse tipo de linguagem é o ideal para se falar sobre a arte rupestre com as crianças? Como você explicaria este tema para uma criança de 10 anos? O uso do vídeo em sala de aula é uma boa ferramenta pedagógica para o aprendizado da criança ou é um recurso mal empregado? Tente fazer em casa o carimbo que  é ensinado no vídeo e traga o resultado para a sala de aula. Poste seu comentário aqui: