terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

MÍDIAS-Texto 1


Aqui começa o nosso ano letivo de 2014 e muitas ideias apresentaremos neste 1º bimestre, sobre como podemos utilizar as Mídias na Educação. Até aí, parece que falei em grego.... o que quer dizer Mídias?

Muito se fala hoje sobre os poderes da tecnologia na Educação. Mas, diante de notícias de escolas que já adotaram tablets e lousas interativas, pergunta-se cada vez mais se tudo isso é eficaz para o que o Brasil realmente precisa: melhorar a qualidade do ensino e o desempenho escolar das nossas crianças e adolescentes. O que você pensa sobre isso?
Hoje, em geral, as crianças têm mais contato com a eletrônica e com mídias cativantes. Crescem diante da televisão, vendo-a como companheira de seus momentos de liberdade. Enquanto jogam videogames ou usam computadores, os jovens criam com esses objetos relações afetivas e entram no mundo da ciência naturalmente. 
O computador pode ser chamado de máquina das crianças, uma vez que muitos jovens não conhecem o mundo sem o computador. Eles brincam, divertem-se, aprendem com o computador.
Mas como fica a fala e a escrita diante desta novidade toda? Será que essa empolgação toda aconteceu, anos atrás, quando o primeiro livro apareceu? Assista a este vídeo e entenda como o novo pode ser difícil de ser aceito!  A invenção do livro.
 Agora comente, aqui, em nosso blog e vamos responder algumas questões em sala de aula.

Bom início de ano e bons estudos!

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

A interdisciplinaridade da Arte

Esta  aula já está sendo dada em sala. Postei para que vocês tenham como estudar e relembrar tudo o que falamos em sala,ok? Não precisa comentar! É só clicar em cima da imagem,ok?









quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

MÍDIAS - TEXTO 2

A maior sala de aula do mundo
Entrevista // Henrique Koifman 
Na aula do dia 11/02/14 de terça-feira passada, vimos um vídeo sobre o uso das tecnologias em sala de aula – reportagem do Fantástico – vocês se lembram? Este texto é uma continuação de uma das reportagens exibidas no vídeo.  É uma entrevista com o norte-americano Salman Khan feita pelo Skype (ferramenta de bate-papo em voz e vídeo, em tempo real, pela internet), ele fala sobre educação e professores, abordando ainda a parceria entre sua academia e a Fundação Lemann, que financia a versão para o português da plataforma com exercícios e vídeoaulas. A nova plataforma da Khan Academy estará disponível gratuitamente para os estudantes e professores brasileiros, totalmente em português, a partir de janeiro de 2014 no endereço www.fundacaolemann.org.br/khan-portugues. Leiam e respondam as perguntas que estão no final do texto, levem as respostas para a sala de aula, ok?

“Henrique Koifman pergunta: - Em seu livro Um mundo, uma escola, você afirma que qualificar o tempo na escola é uma questão muito importante. Como a tecnologia pode ajudar a escola a fazer isso e também a ser mais criativa? 
Salman Khan responde: - O modelo que temos hoje no mundo para a educação é o mesmo utilizado no final do século XVIII, nos primeiros estágios da Revolução Industrial, um conceito empregado para produzir qualquer tipo de coisa em escala por um preço razoável, tal como nas fábricas. Formamos grupos de alunos que vão sendo conduzidos, juntos, por uma mesma trilha. Cada um deles tem duas semanas para aprender determinado conteúdo. Os que conseguirem aprender receberão conceito A; outros aprenderão razoavelmente bem e receberão B ou C, enquanto outros não vão dar a mínima para o conteúdo. Se aprenderem bem o conteúdo, terão “bom futuro”; se prosseguirem falhando, terão “mau futuro”.
É claro que, mesmo cem anos atrás, as pessoas já pensavam que o ideal seria que cada aluno tivesse uma instrução, uma formação mais personalizada. Se ele não entender o conteúdo, vamos explicar mais até que compreenda. Não faz sentido passar para a matéria seguinte se você mal compreendeu o assunto anterior. As pessoas sempre concordaram com essas ideias, mas simplesmente não havia um modo prático de adotar tal medida nas escolas, havendo 30 crianças em uma sala. Hoje, o que a tecnologia é particularmente boa em proporcionar é justamente localizar, ordenar e personalizar conteúdos e sistemas, facilitando a coordenação das informações. 

HK - Como o conteúdo é apresentado aos alunos?
SK - Na maioria das escolas, as salas de aula são o único espaço onde a informação é disseminada. O professor dá a aula, apresentando o conteúdo, e esta é a sua única chance de adquiri-lo. Então, as crianças ficam preocupadas em anotar tudo, pois sabem que, se não anotarem, provavelmente esquecerão o que foi explicado. Com os recursos atuais, não é preciso anotar ou ficar apreensivo para captar tudo naquele único momento, pois é possível ter acesso àquele conteúdo quantas vezes for preciso e quando quiser — basta acessá-lo para refrescar a memória. É como se o quadro-negro nunca fosse apagado. Você pode fazer seus exercícios em seu próprio tempo e em seu próprio ritmo. Sabe que vai conseguir aprender, e as aulas passam a servir para que você tenha instruções personalizadas de seu professor, para que você trabalhe com seus colegas e com o sistema, para que você avance no seu próprio tempo.

HK- Como a tecnologia pode ajudar os professores a entender e acompanhar o ritmo de aprendizado de cada aluno?
SK - Habitualmente, o que ocorre é que alguns estudantes estão captando a aula no ritmo esperado, outros podem estar ficando até impacientes, por pensar que avançam lentamente, e outros simplesmente ficam sem nada entender ou sem conseguir fixar-se no professor. No entanto, o professor só vai conseguir ter uma noção mais precisa sobre isso quando aplicar um teste, no qual os alunos se dividirão entre os que aprenderam tudo e tiraram A, aprenderam parcialmente, com B e C, ou não aprenderam nada ou quase nada. O ideal seria que quem não tivesse tirado um A merecesse uma atenção especial do professor para que pudesse entender e absorver o conteúdo que ficou faltando. Porém, o que ocorre no sistema atual é que, se você atinge o grau mínimo, um C, segue adiante. Seria ótimo se o professor pudesse saber com dias ou semanas de antecedência que aquele aluno está na trilha para tirar um C ou um D e, assim, dedicar mais de seu tempo ou mesmo indicar um colega de turma melhor naquele tópico para ajudá-lo a superar suas dificuldades e aprender o que está sendo ensinado. Por meio das ferramentas TECNOLÓGICAS, o professor pode verificar o que os alunos estão estudando, por quanto tempo, como se saíram nos exercícios e quais são suas dificuldades. Com isso, podem mandar um e-mail ou telefonar para eles e oferecer ajuda nos tópicos em que demonstram maior dificuldade ou sugerir pesquisas e material que possam ajudá-los. Esse tipo de informação sobre a evolução dos alunos está permanentemente disponível para os professores, algo que nunca ocorreu antes. Em geral, a única informação que os professores têm em relação à compreensão de seus alunos durante as aulas é a fisionomia deles. Tentam deduzir como seus alunos estão recebendo aquele conteúdo, se estão ou não acompanhando como esperado, mas têm muito pouca informação para essa dedução.

HK - Quais são as diferenças entre as salas de aulas tradicionais e o novo modelo que você propõe?
SK - A sala de aula tradicional tem 30 carteiras, todas viradas na mesma direção; o professor tem um quadro no qual apresenta suas aulas e, às vezes, corrige e passa deveres de casa. Na nova sala de aula, as crianças passam parte do tempo trabalhando cada uma em seu próprio ritmo, resolvendo exercícios, estudando o conteúdo, mas não é uma forma de isolamento. Na verdade, é no modelo tradicional que elas ficam isoladas, sem poder falar com as outras, preocupadas apenas consigo mesmas e em tomar notas. Na sala que propomos você trabalha nas matérias e ajuda os seus colegas. Se tiver dúvidas, pede ajuda e alguém vem explicar. Os professores acompanham o processo e sabem quem são os alunos que precisam de maior atenção a cada momento, podendo sentar-se perto deles.

HK- Como professor, qual é, em sua opinião, o maior desafio para quem ensina?
SK - Outro dia me encontrei com a representante de uma organização que envolve dezenas de professores aqui nos Estados Unidos e perguntei a ela: “O que diferencia os melhores professores dos demais?”. Ela comentou que muitas pessoas acreditam que os melhores professores são os que dão as aulas mais atraentes, mas que não é isso que diferencia um bom professor. Outras valorizam mais os profissionais que têm títulos, como o PhD, mas que também não é isso que faz os melhores professores. Para ela, os professores que realmente fazem com que seus alunos evoluam no conhecimento, que conseguem motivar e fazer com que os estudantes percebam que eles próprios devem assumir responsabilidades sobre si mesmos e sobre sua educação são os melhores. Assim, acredito que o grande desafio para os professores é saber como, entre todas as suas tarefas, criar tempo para poder estabelecer essas importantes conexões pessoais com os alunos a fim de exercer o importantíssimo papel de adulto na vida deles — às vezes, o papel do principal adulto — e ajudar a fazer com que os jovens acreditem em si mesmos, que se sintam capazes e motivados para realizar coisas e para que se sintam donos de seu destino.
O aluno que tiver em sua vida aquele professor que gire a chave em sua cabeça, que faça com que, no lugar de encarar a escola e o estudo como obrigação, entenda que adquirir conhecimento é fundamental para que ele venha a ter uma boa carreira, um bom futuro, estará sendo programado para os próximos 60 anos de sua vida. Este é o segredo de ensinar — e espero que estejamos desenvolvendo ferramentas que liberem mais tempo para que os professores possam se dedicar mais a essa conexão fundamental com seus alunos.”

Agora pense e responda:
1-       Como futuro professor ou mãe ou pai de um futuro aluno de uma escola possivelmente nova, como seria este modelo de escola nova? Seria como a idealizada pelo Saman Khan ou não? Por quê?
2-       Que tipo de metodologia inovadora você gostaria que essa escola tivesse?  Pense em uma escola que usa as tecnologias e uma que não usa, mas que tem algum diferencial em seus métodos de ensino. Descreva-a com detalhes; Ambiente em sala de aula ( mobiliários, iluminação, espaço,etc) e metodologia de ensino ( Ex: como professor eu trabalharia com 25 ou 30 alunos apenas; trabalharia com os alunos sentados em grupos ou em duplas ou individualmente; teria dois quadros ou uma TV ou um palco...) Use a sua imaginação e idealize um modo de educação que seja adequado as suas necessidades. EU TE DESAFIO A PENSAR EM MUDAR A NOSSA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO!!!!

3-       Comentem neste blog o que achou da entrevista e traga, na próxima terça-feira ( 18/02), para sala as respostas das perguntas 1 e 2;